você me deu as costas
e seguiu por aquele caminho cheio de folhas secas
eu te pedi que ficasse
você foi cruel
continuou seguindo...
e pior, por vingança
arrastou pelo caminho,
arrastou...
nosso violão
e o que te aguarda lá na frente?
o que será do nosso violão sem minhas notas mal tocadas?
o que será das minhas lentes sem suas poses?
o que será de você?
descalça, sozinha, seguindo entre folhas secas...
volta, ou me espera.

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escrevo enquanto o café esfria, o tempo passa lentamente, a música toca, as lágrimas quase escorrem, as idéias giram em minha cabeça como num furacão de pensamentos.

Verdades crueis

O mendigo acuado debruça-se sobre o prato.
As pessoas passam... nem o notam, nem se importam. E as que notam o olham com despreso, acusando aquele pobre homem sem história de borrar a paisagem cinza da cidade. Ele percebe os olhares acusadores e se envergonha, e os que deviam se envergonhar, seguem, com seus narizes empinados, suas roupas limpas, e seus corações de pedra.

Sobre mim

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eu sou um pássaro me trancam na gaiola e esperam que eu cante, como antes eu sou um pássaro me trancam na gaiola mas um dia eu consigo existir e vou voar pelo caminho mais bonito