Explicações

Eu disse que precisava de um um ombro, de um abraço e de um silêncio. Você me ofereceu as três coisas.
Parei naquele exato momento. Estava eu, ali de novo, e você me oferecendo algo. Você não me pedia uma chance, assim como não o fez antes. Você estava se doando à mim.Querendo doar e dividir o que tem, o que é.
Me restava aceitar ou não. Da outra vez não aceitei, não ME dei uma chance. Não me arrependo, naquele momento eu não era a pessoa certa pra você, tavez agora eu seja? Só você pode me dizer!
Pensar em te dar uma chance seria menosprezar-te. Principalmente a sua inteligência.
O que vejo é que mudamos. De pensamento, de jeito, de caminho. E mais uma vez os nossos se cruzaram, vai ser apenas uma aperto de mão e umas palavras jogadas, ou vamos nos dar a chance de sentar na grama, conversar sobre politica e livros, e vou aceitar seu ombro, seu abraço e seu silêncio? Não depende de mim. Não depende de você. Depende de nós.
Você falou dos desencontros, já olhou para os encontros? Tivemos uma grande chance de não nos conhecermos.
Você me notou, eu te reparei. Foi esse o primeiro encontro, eu sai por aquela porta e não voltaria mais. Você não sabia quem eu era, nem ao menos meu nome. Acabaria ali. Mas... veio uma tarde, uma biblioteca, um encontro. Você lembrou de mim, eu não te estranhei. Dessa vez você que saiu pela porta, mas já sabiamos o nome uma da outra. Era isso, acabaria ali. Mas... uma conhecida em comum, nos aproximamos...
Os encontros estão ai, não os nege e não mencione os desencontros.
"Quem sabe amanhã?". Desculpa, mas o amanhã é algo que não existe para mim. Então não pense que vejo dessa forma, "quem sabe?" porque para mim também, ou é ou não é.
Talvez você já tenha visto que trago aqui dentro uma alma artista, e o minimo de um artista é seu todo, é ele inteiro. Este é meu minímo, é o meu maximo. A intensidade dos meus olhos vai bem além destas e de quaisquer outras palavras.
Não ache que o que quero é um momento, e que isso me bastaria, o que quero vai bem mais adiante do que nossas mãos podem tocar.
Você disse: Quero completo, inteiro, profundo. Não quero mais problemas, quero mais soluções.
Não sei ser metade, ou eu amo ou odeio, ou gosto ou não gosto, ou estou ou não estou. Completo é aquele que sente o outro em si. Profundo, não são minhas palavras, você estava falando do meu olhar. Soluções? Elas só existem depois dos problemas, e sou otima em resolver problemas, rs.

Eu não estou brincando, não sou criança, também não quero mais dores de cabeça, não quero uma tarde com alguém e do dia seguinte virar a página, quero escrever um livro sentada na grama, ao seu lado se for possível.

Ao lembrar daquela tarde, me veio mais do que uma lembraça. Aqui dentro algo ardeu, e era de um calor bom, acolhedor.
Não sei definir determinadas coisas. Mas é assim que vejo e sou.
Me queira assim ou não me queira, mas não me entenda mal, e não me julgues pelo que não sou.

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escrevo enquanto o café esfria, o tempo passa lentamente, a música toca, as lágrimas quase escorrem, as idéias giram em minha cabeça como num furacão de pensamentos.

Verdades crueis

O mendigo acuado debruça-se sobre o prato.
As pessoas passam... nem o notam, nem se importam. E as que notam o olham com despreso, acusando aquele pobre homem sem história de borrar a paisagem cinza da cidade. Ele percebe os olhares acusadores e se envergonha, e os que deviam se envergonhar, seguem, com seus narizes empinados, suas roupas limpas, e seus corações de pedra.

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eu sou um pássaro me trancam na gaiola e esperam que eu cante, como antes eu sou um pássaro me trancam na gaiola mas um dia eu consigo existir e vou voar pelo caminho mais bonito